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Política

Aliança com o PMDB deve ter limites, diz Pimentel

Cerca de 1,3 milhão de militantes petistas de todo o Brasil vão às urnas neste domingo, 22, para definir quem ditará o rumo do partido nos próximos três anos - mas com os olhos voltados para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010 através do Processo de Eleições Diretas (PED). Pré-candidato ao governo de Minas Gerais - segundo colégio eleitoral do País - , o petista Fernando Pimentel conversou com o estadao.com.br sobre a sucessão estadual, a aliança com o PMDB e os problemas que a sigla enfrenta em outros Estados.


"Todos nós queremos aliança com o PMDB. Mas a negociação não pode partir do conceito de que eles se imponham para ter a cabeça de chapa", afirmou, em referência às dificuldades que a sigla enfrenta para ter os peemedebistas ao seu lado.


Ex-prefeito de Belo Horizonte e um dos coordenadores da campanha da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência da República, Pimentel explica sua estratégia para a eleição interna: "Decidimos apoiar a candidatura de José Eduardo Dutra, da tendência Construindo um Novo Brasil (CNB, ex-Articulação), mas através de uma nova chapa (Partido para todos) tendo em vista a conquista de vagas próprias no diretório nacional", disse.


A despeito do belicismo que marca a campanha do PED no Rio de Janeiro, o ex-prefeito de Belo Horizonte destaca que, apesar da disputa com o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, pela candidatura ao governo estadual, o PT mineiro estará unido para concorrer à sucessão de Aécio Neves (PSDB). "Quem quer que vença terá o apoio de todos", diz. Para ele, a realização de uma prévia para definir quem concorrerá ao Palácio da Liberdade - em 2010, será outro prédio - é desnecessária.


Apesar do discurso conciliatório, Pimentel destaca que a aliança nacional do PT com o PMDB não terá vez no diretório regional. O ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB), lidera as pesquisas para o governo.


Questionado sobre as eleições internas em Estados como o Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, Pimentel foi taxativo: "No RS não haverá aliança. No RJ, pode compor com o Sérgio Cabral (PMDB)". Sobre o contexto atual no diretório fluminense, comentou: "Já conversei com o Lindenberg Farias (PT) sobre apoiar o Cabral. Ele não concordou muito com a ideia".

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