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Apoio de Bolsonaro deve selar vitória de Reinaldo nas eleições

Tempo técnico - O primeiro dia depois do fim do primeiro turno é de muito café e reuniões, principalmente a quem vai para a continuidade do pleito em segundo lugar. Odilon de Oliveira (PDT) terá uma missão difícil nas próximas semanas, mas nada impossível para quem já venceu a fome e a seca.

Travou? - Cotado para ser o candidato que encarnasse nessa disputa de Governo o desejo da população de varrer a corrupção de Mato Grosso do Sul, o magistrado aposentado pouco cresceu na intenção de voto, desde o início do ano, embora tenha feito a sua parte. Estudou o Estado como uma matéria para concurso, foi programático, correu o trecho, mas talvez no marketing tenha feito a sua campanha viver uma letargia estranha. Especialmente depois da convenção do PDT.

Fora de sintonia - Odilon dependeria das redes sociais para engajar com mais vigor no cenário de hoje, que favoreceu por exemplo os candidatos da "Onda Bolsonaro" em Mato Grosso do Sul. Apesar do carisma do Juiz, o que se viu foi uma plataforma de campanha que se comunicou com entropia na web, que não conseguiu trazer "gente nova para o movimento". A timidez da assessoria e do marketing, até mais flagrante na campanha, do que na pré-campanha, ancorou o candidato do PDT no universo próximo aos 30%. Pouco, bem pouco para o potencial a ser explorado.

Um contentamento descontente - Claro que a discrepância das duas estruturas pesam. A campanha do governador tem mais gente, mais políticos e mais dinheiro. Contudo chega a ser feio, usar essa superioridade como desculpa, se for essa a escolha de quem não permitiu o Juiz decolar. Odilon tinha como desgarrar do pelotão dos outros candidatos e ter superado os 30%, bem antes. Aliás deveria na primeira semana de campanha oficial estar nessa marca, que só chegou no final da primeira etapa. Comemorar a existência do segundo turno, para quem teria condição de ser o protagonista do pleito é de absoluta mediocridade.

Exemplo tem - Em outro Estado, com o discurso claro, equipe que fala a mesma língua do candidato, e a mesma coragem em fazer a mudança, foi possível vencer, com um pé nas costas, a "velha política". O exemplo vem do Maranhão, do governador Flávio Dino, reeleito com 59% dos votos, superando Roseana Sarney (MDB), nome da maior oligarquia do estado nessas eleições. O tipo de campanha que o Brasil precisa, em que o "cara da máquina"gasta menos que o maior adversário.

Exemplo tem mesmo - Vale lembrar que Flávio Dino (PC do B) também foi juiz federal, assim como Odilon, que pertence a um partido de esquerda, assim como o oponente de Reinaldo Azambuja. E que possui um viés de combate à corrupção, desmandos e ruptura com as oligarquias, bem como o colega daqui. Os dois são amigos, de admiração recíproca. Apresentar alguém assim nem deveria exigir dificuldades, mas em Mato Grosso do Sul conseguiram a façanha de tornar alguém de biografia irretocável, digna de filme, apenas um sujeito comum.

Enquanto isso ... Vendo o maior rival se atrapalhar, Reinaldo Azambuja (PSDB) fez o seu, e deve estar esquentando a cuca, por não ter vencido no primeiro turno. A fragilidade das outras campanhas foi absurda, e talvez a preguiça, ou arrogância do "já ganhou", tenha impedido esse triunfo. Agora é fazer trabalhar de verdade a turma do Parque dos Poderes, e o exército muito bem pago de cabos eleitorais.

Ponto de desequilíbrio - Fora isso, o PSDB tem que correr, e torcer para que Reinaldo Azambuja seja o nome da "Onda Bolsonaro". O governador já conseguiu no primeiro turno aliar o PSDB ao PSL, em uma de suas coligações, que elegeu, de forma inédita, dois deputados do partido do líder da corrida presidencial. Mais que isso, fez também dois deputados federais. Se dependesse de Mato Grosso do Sul, Jair Bolsonaro já seria o vencedor dessas eleições, pois aqui teve 55% dos votos.

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