O interesse em assumir de forma coletiva a paternidade por um projeto que promove mudanças na legislação do sistema municipal de educação desencadeou ontem um princípio crise na base aliada do prefeito Nelson Trad Filho na Câmara Municipal. Vereadores de diversos partidos que dão sustentação à administração municipal deixaram o plenário, derrubaram o quorum e impediram a votação da proposta do vereador Cristóvão Silveira. A obstrução foi motivada, segundo admitiam os próprios vereadores , pelo temor de que o vereador tucano acabasse capitalizando sozinho uma proposta que poderia trazer conquistas para professores e funcionários administrativos da educação. Nem a presença da secretária de Educação, Maria Cecilia Amendola , que acompanhada de técnicos da Secretaria, foi tirar possíveis dúvidas sobre os efeitos práticos da proposta, convenceu as bancadas dos diversos partidos aliados (PMDB, PPS, DEM) a mudar de opinião. Foi necessária a intervenção do próprio prefeito para acalmar os ânimos.
Nelsinho se reuniu com os vereadores e conseguiu convencê-los a votar o projeto de Silveira na sessão do próximo dia 14. Antes deste encontro pacificador com o prefeito, os vereadores se reuniram por quase 40 minutos. Foi uma conversa tensa. A vereadora Maria Emilia (PMDB) chegou a insinuar que a secretária de Educação teria encomendado o projeto a uma consultoria e teria preferido entregar a proposta para Cristóvão Silveira apresentar porque ela também filiada ao PSDB. Paulo Siufi, líder da bancada do PMDB e Athayde Neryayde Neryayde Neryayde Néri, líder do prefeito, defendiam que a proposta fosse retirada de pauta para que fosse encaminhado pelo Executivo. "Se é um projeto que beneficia uma categoria numerosa, como a dos professores não é justo que só um vereador colha os dividendos políticos pela iniciativa", avalia Airton Saraiva, do DEM. Diante destas manifestações, Silveira se irritou e se propôs a renunciar a autoria individual do projeto para que passasse a ser uma iniciativa conjunta das bancadas.
Silveira estranha a reação dos seus colegas de base aliada, porque o projeto tramita na Câmara desde maio. Foi analisada por todas as comissões, inclusive a de Constituição e Justiça, onde poderia ser arquivado caso houvesse parecer unânime por sua inconstitucionalidade. "O projeto só sistematiza toda a legislação em vigor, editada através de decreto, portarias. Não concede vantagens para os servidores. Só faz adequação com a LDB. Estou simplesmente cumprindo meu papel de legislador. Se como vereador não tenho direito de apresentar um projeto da sociedade, então é melhor fechar a Câmara e deixar o Executivo governar sozinho", comenta.
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