O presidente do Conselho de Ética do Senado, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), se reúne nesta terça-feira com os três relatores do primeiro processo contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) para definir quem vai ficar com a relatoria do novo processo contra o peemedebista no conselho.
Quintanilha convidou os mesmos senadores, que já relatam a denúncia que liga Renan à empreiteira Mendes Júnior, para assumirem a segunda investigação. Os senadores Marisa Serrano (PSDB-MS) e Renato Casagrande (PSB-ES) afirmaram, no entanto, que não estão dispostos a aceitar o convite porque temem atrasos na primeira investigação por acúmulo de trabalho.
O terceiro relator, senador Almeida Lima (PMDB-SE), disse estar disposto a relatar a nova representação contra Renan por já estar por dentro de detalhes das investigações.
No novo processo, será investigada a denúncia de que Renan teria beneficiado a Schincariol junto ao INSS depois que a empresa comprou uma fábrica de seu irmão, o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), a preço acima do mercado.
Mesa Diretora
O vice-líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), remarcou para esta quinta-feira a reunião da Mesa Diretora para decidir se enviará ao Conselho de Ética da Casa a terceira representação contra Renan.
Segundo o senador, Renan precisa ser notificado sobre a reunião, por isso decidiu deixá-la para quinta-feira. Inicialmente, a reunião estava marcada amanhã.
Dias afirmou que a nova representação deve ser encaminhada pela Mesa Diretora ao Conselho de Ética da Casa. Ele vai presidir a reunião, uma vez que o primeiro vice-presidente da Casa, Tião Viana (PT-AC), estará fora de Brasília. Como Renan é citado na acusação, também não poderá presidir a reunião.
Na opinião do senador, a Mesa não tem poderes para arquivar a representação. "Na minha opinião, não há nenhuma chance de a representação não passar. Pela lógica não vejo como não passar", afirmou.
O pedido de investigação foi apresentado pelo PSDB e o DEM (ex-PFL). Os dois partidos cobram apuração sobre a denúncia de que Renan teria usado "laranjas" para comprar um grupo de comunicação em Alagoas. Dias considera que a denúncia amplia a necessidade de investigações do conselho sobre o presidente do Senado.
Corregedoria
O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), vai convidar o usineiro João Lyra a prestar depoimento sobre a denúncia de que Renan usou "laranjas" para comprar um grupo de comunicação em Alagoas. Conforme a denúncia publicada pela revista "Veja", o senador firmou uma sociedade oculta com Lyra para comprar o grupo JR Radiodifusão.
Como a corregedoria não tem poderes de convocação, Lyra será convidado a prestar depoimento. Segundo assessores de Tuma, a data será marcada de acordo com a disponibilidade do usineiro, mas deve ocorrer ainda esta semana, uma vez que o corregedor tem pressa para apurar as denúncias.
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