X
Coronavírus

Defensoria Pública de MS solicita à SES a inclusão de gestantes no Plano de Vacinação contra a covid

Divulgação

A Defensoria Pública de MS, por meio do Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher (Nudem), entregou na tarde de hoje (15) à Secretaria de Estado da Saúde (SES) a solicitação de medidas de atenção à saúde das gestantes e puérperas e sua inclusão no Plano de Vacinação contra a covid-19.
No encontro com o secretário Estadual de Saúde, Geraldo Resende, a coordenadora do Nudem, defensora pública Thais Dominato, explicou a situação do Estado e, inclusive, pontuou as 21 mortes maternas, sendo 13 por covid-19, registradas no primeiro trimestre de 2021 em MS.
"O Brasil é onde mais morrem gestantes por covid. No ofício entregue ao secretário ressaltamos que essa quantidade de mortes é expressiva quando comparamos no mesmo período de 2020, que teve apenas três óbitos", pontuou a coordenadora do Nudem.
O secretário Estadual de Saúde, Geraldo Resende, compartilha da necessidade de inclusão das gestantes no Plano Nacional de Vacinação e tem pleiteado apoio para a abrangência da cobertura vacinal.
“Para mim o retrato mais cruel é a mortalidade maternal e infantil. Eu como ginecologista obstetra sei que minha passagem por aqui, na SES, não será completa se eu não fizer algo a respeito. Sobre a vacina estou pedindo apoio da Fesbrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) e da Sogomat (Associação de Ginecologia e Obstetrícia de Mato Grosso do Sul) para que levem a pauta ao Conas (Conselho Nacional de Saúde) e haja a inclusão desse grupo”, explicou o secretário.
Demais serviços voltados à Saúde da Mulher - Além da inclusão das gestantes, a Defensoria reforçou a importância da manutenção dos serviços de saúde sexuais e reprodutivos, com destaque para o DIU de cobre no pós-parto e pós-aborto, para o combate à mortalidade, e o incentivo ao pré-natal.
O secretário reconheceu a necessidade de campanhas sobre o tema e pontuou a realização de um levantamento nos municípios sobre “o que falta para um pré-natal eficiente”.
“Vou fazer um levantamento do quantitativo de grávidas no Estado e, inclusive, estou comprando 70 aparelhos de ultrassom para cidades que não têm e aparelhos móveis para chegar a aldeias e áreas rurais de difícil acesso”, frisou o secretário.
O coordenador do NAE, defensor público Pedro Paulo Gasparini, reforçou ao secretário que a Defensoria Pública está à disposição para o trabalho em conjunto, tanto no levantamento desses números, como reforçando os pleitos junto aos municípios do Estado.
“A SES pode contar com a Defensoria na feitura desses levantamentos. Acreditamos nas parcerias e elas têm sido, com diferentes instituições, um importante instrumento na resolução de problemas e na celeridade do acesso à saúde e à dignidade para a população”, completou o coordenador do NAE.
Pedido Nacional - Em fevereiro, quando gestantes e puérperas foram excluídas do Plano Nacional de Vacinação, coordenadoras dos Núcleos Especializados de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres (Nudem) de Defensorias Públicas de 16 estados da Federação, pediram uma justificativa ao Ministério da Saúde (MS).
Em 15 de março, o Ministério da Saúde expediu Nota Técnica sobre o tema, na qual (a) recomenda a vacinação de gestantes com comorbidades preexistentes; e (b) dispõe que a vacina pode ser oferecida a gestantes sem comorbidades após avaliação de riscos e benefícios.
Contudo, apesar das diretrizes, o documento não indicou que gestantes, puérperas e lactantes, devam ser incluídas no grupo prioritário do Plano Nacional.
Os Núcleos, então, se uniram para solicitar a atualização do Plano de Vacinação do Ministério da Saúde. "Quando as gestantes foram consideradas como grupo de risco, já tinha saído o Plano Nacional de Vacinação. Nós pedimos ao Ministério da Saúde a atualização do Plano de Vacinação e colocar as gestantes como grupo de risco", pontua a coordenadora do Nudem/MS.
O ofício encaminhado ao Ministério da Saúde também apresentou informações publicadas pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, em julho de 2020, sobre a publicação no International Journal of Gynecology and Obstetrics, utilizando os dados do SIVEP-Gripe, em que foram reportadas a ocorrência de 124 óbitos maternos no Brasil entre janeiro e 18 de junho de 2020.
De acordo com a publicação, o número representa crescimento de ao menos 7% na razão de mortalidade materna no Brasil, no respectivo ano, além de ser 3,5 vezes maior do que a soma do número de mortes maternas por Covid-19 reportado em outros países até a ocasião.
Mato Grosso do Sul é referência - Durante a reunião, a coordenadora do Nudem destacou que a busca por apoio da SES é muito importante, pois Mato Grosso do Sul é referência nacional no atendimento à mulher, além de figurar entre os primeiros Estados na questão da imunização de sua população.
Participaram do encontro o coordenador do Núcleo de Ações Institucionais e Estratégicas (NAE), defensor público Pedro Paulo Gasparini, atualmente respondendo pela chefia de gabinete do Defensor Público-Geral do Estado; a coordenadora do Nudem, defensora Pública Thais Dominato; a assessora legislativa da Defensoria, Katia Motti; e o secretário Estadual de Saúde, Geraldo Resende.

Deixe a sua opinião

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Direitos humanos

Grupo de trabalho avaliará chegada de brasileiros repatriados dos EUA

Monitoramento servirá para organização dos próximos voos

Boletim Epidemiológico

MS registra 554 casos confirmados de dengue

Há um óbito registrado por dengue e dois em investigação.

Voltar ao topo

Logo O Pantaneiro Rodapé

Rua XV de Agosto, 339 - Bairro Alto - Aquidauana/MS

©2025 O Pantaneiro. Todos os Direitos Reservados.

Layout

Software

2
Entre em nosso grupo