Senador Delcídio do Amaral conversa com deputados Amarildo Cruz e Paulo Duarte antes de fazer anúncioConfirmando informação divulgada no dia 27 de setembro pelo Portal da TV Morena, o senador Delcídio do Amaral desistiu de se candidatar à Prefeitura de Campo Grande. Fora do páreo, sobram três nomes para o PT definir o candidato: deputados Pedro Teruel e Pedro Kemp e o ex-governador Zeca do PT.
Para Delcídio, o ex-governador seria o candidato com mais chances. A ex-primeira-dama Gilda Maria Gomes dos Santos avisou aos dirigentes do partido que não pretende concorrer, mas seu nome continua sendo especulado em eventual composição com o PDT, a quem caberia indicar o cabeça de chapa. Pelo PDT o candidato é o deputado federal Dagoberto Nogueira.
Delcídio Amaral justificou a desistência citando números de uma pesquisa em que a maioria da população de Corumbá pede que o senador não mude seu domicílio eleitoral para a Capital. Outra razão seria seu envolvimento com projetos de interesse do Estado.
O senador negou que o Palácio do Planalto tenha interferido em sua decisão, que foi tomada no domingo e discutida na segunda-feira com a bancada na Assembléia Legislativa, deputados federais e dirigentes do PT. Nesta terça-feira de manhã houve novas reuniões e Delcídio bateu o martelo.
"Apesar das pesquisas indicarem que seria uma grande disputa, conclui que é muito mais importante trabalhar pelo Estado (...) Fiz essa avaliação com isenção, equilíbrio e bom-senso. Cerca de 94% dos meus eleitores acham que é muito mais importante trabalhar pelo Estado, apesar da Prefeitura de Campo Grande ser estratégica", disse.
Ao anunciar a desistência em entrevista coletiva no seu escritório político em Campo Grande, o senador citou que está muito envolvido na viabilização de R$ 10 milhões por meio de emendas e aplicação de R$ 114 milhões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) em Campo Grande, além de projetos estratégicos que prevê investimentos privados em Corumbá e Três Lagoas (pólo siderúrgico e indústrias de celulose e papel).
Delcídio disse também que está envolvido na viabilização do PAC para cidades com menos de 150 mil habitantes. "Tenho uma série de desafios que são próprios de minha experiência de trabalhar com coisas macros"
UNIDADE
Delcídio Amaral disse que vai trabalhar pela unidade do PT, muito embora reconheça que muitas seqüelas da disputa pelo comando do partido em 2006 não tenham sido superadas; Em reunião com a cúpula petista, Delcídio disse ter aconselhado o deputado federal Antonio Biffi a não endurecer na disputa do Diretório. "Esse antagonismo entre Bifi e Zeca não constrói nada".
Para o senador, depois da construir a unidade interna é que o PT deve encaminhar o debate sobre a escolha do candidato. "Eu sei muito bem o que é disputar uma eleição com partido dividido", afirmou. Segundo Delcídio, "ainda não está clara a unidade", daí a recomendação para que haja bom-senso na eleição para o Diretório, para que o processo eleitoral não seja prejudicado.
Na eventualidade do candidato a prefeito ser o ex-governador Zeca do PT, Delcídio avisou que "entra de cabeça na campanha" e lembrou que espera de outras lideranças o mesmo comportamento que adota, "não fazendo nada sem consultar o PT"
Zeca do PT chegou a ser porta-voz de uma dobradinha PDT-PT, sugerida pelo deputado federal Dagoberto Nogueira, que postula ser candidato novamente. Mas como a eleição é em dois turnos, as alianças podem ser negociadas para depois do 'vestibular eleitoral'. Delcídio disse que é pouco provável que o PT abra mão da cabeça de chapa, mas em conversa com o deputado federal Dagoberto Nogueira foi informado que o PDT vai para a disputa.
O senador negou que tenha sido estimulado por partidários a desistir da candidatura. Segundo as especulações, Delcídio teria sido aconselhado sob o argumento que o adversário - Nelsinho Trad (PMDB), candidato à reeleição - é muito forte e terá o suporte do governador André Puccinelli, que projeta para 2008 grandes investimentos.
ELEIÇÕES DE 2010
Delcídio do Amaral disse que "naturalmente" será candidato à reeleição em 2010 e não quis comentar a possibilidade do PT lançar dois candidatos ao Senado, já que o ex-governador é candidato e está em campanha. Em 2010 serão renovadas duas das três cadeiras no Senado. O senador, no entanto, ressalvou que não está preocupado com o processo eleitoral de 2010 e lembrou que há prioridades. No plano regional, a prioridade é restabelecer a unidade interna e em nível nacional o PT vive um momento complexo no Senado e sua presença é cada vez mais exigida.
Educação
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Outubro Rosa
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