O presidente da Assembléia Legislativa, deputado estadual Jerson Domingos (PMDB), depende de um voto para se livrar da cassação por suposta compra de votos nas eleições de 2006.
Ontem, três dos sete juízes eleitorais, incluindo-se o relator do caso Júlio Roberto Siqueira Cardoso, consideraram improcedente a representação do Ministério Público Eleitoral. A conclusão do julgamento deverá ocorrer na próxima segunda-feira. O adiamento aconteceu por conta do pedido de vistas do juiz Dalton Igor Kita Conrado.
A representação contra o parlamentar foi aberta em outubro do ano passado. A denúncia foi formulada após a prisão dos coronéis da Polícia Militar, Sebastião Bueno e Gerôncio Carlos da Silva.
Eles foram acusados de comprar votos para Jerson Domingos, que poucos dias depois teve seu nome novamente envolvido em suspeita de crime eleitoral. Na época, a Polícia Federal apreendeu R$ 18,05 mil na casa da assessora Delasil Poiati, que há dez anos trabalha com o deputado. Também foram encontradas com ela listas com nomes e números de títulos eleitorais.
Em seu voto, o relator disse que as provas não foram suficientes para comprovar o aliciamento de eleitores. Segundo ele, as gravações, anexadas ao processo demonstram apenas "engajamento remunerado" dos coronéis da Polícia Militar. "O próprio responsável pela gravação declarou que hoje não dá para saber o real intuito dos coronéis", afirmou.
Com relação ao dinheiro encontrado na casa de Delasil, Júlio Siqueira também afastou a presença de ato ilícito. Para ele, as provas não demonstram nenhum tipo de vínculo entre Delasil, os coronéis e o deputado. "A participação direta de Jerson não foi comprovada", frisou o relator.
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