O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem em Campo Grande que as crianças indígenas das etnias guaranis e caiuás "pararam de morrer" de desnutrição porque ele montou um "pelotão de choque com ministérios" para ações nas aldeias. Lula cobrou que a imprensa "dê [essa] notícia".
"Houve um tempo, em 2004, 2005, em que eu vivia agoniado porque a imprensa daqui, do Estado [MS], mostrava todo o dia as crianças morrendo lá em Dourados, na comunidade indígena guarani e caiuá", afirmou Lula.
Em março passado, a Folha noticiou que a Funasa (Fundação Nacional de Saúde) apontava que seis crianças indígenas guaranis e caiuás, com até dois anos de idade, morreram devido à desnutrição em janeiro e fevereiro deste ano.
Já no ano passado, a desnutrição apareceu entre as causas da morte de 14 crianças de até quatro anos. Em 2005, foram 27 casos.
Segundo Lula, após o noticiário de 2005, "foram feitas ações políticas, foram feitas habitações, melhorou a água [saneamento], melhorou tudo", disse.
"Eu só queria que a imprensa, que fazia a acusação, fosse lá --pelo amor de Deus, não precisa falar bem do governo-- e dissesse o seguinte: "Em função das denúncias que fizemos em 2004, as crianças pararam de morrer'", afirmou Lula. "Dêem a notícia, só isso. Podem requisitar o mérito para vocês, mas dêem a notícia, porque senão as pessoas que ouviram apenas que estavam morrendo lá podem não saber que está melhorando."
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