MP abre inquérito contra vereadores

Os vereadores em Miranda João Vieira da Silva, presidente da Câmara, Jorge João de Moura, José Francisco de Lima(primeiro-secretário), Valdir Dias Olanda (segundo) e Lenis Gonçalves Matos (vice) passaram a ser investigados pelo Ministério Público Estadual por conta de suposto acordão que teriam feito para comandar a Casa e que garantiria ainda um 'por fora'. Os indícios de crime surgiram durante outra investigação, contra Silva por envolvimento em quadrilha de desmatamento, caso que ele já foi denunciado à Justiça. A abertura da investigação ocorreu no dia 10.

Quando investigavam os desmatamentos, em agosto, que resultaram até em prisão do vereador e denúncia contra ele e mais oito, os promotores Nicolau Barcarji Júnior e Tiago di Giulio Freire e a Polícia Civil encontraram, em busca e apreensão, um documento com as assinaturas dos vereadores.

O papel, com o título "Combinado entre as partes", manuscrito, trazia valores de R$ 900, R$ 1 mil e R$ 2 mil e expresso o compromisso de união dos integrantes. "Depois que registrar a chapa dia 10/11/06 o grupo sai fora da cidade unido! (Compromisso feito)", diz um dos trechos do documento. O combinado traz até uma ameaça para quem assumir outro compromisso na então disputa pela Câmara. Este fica "excluído do grupo, sem vantagem".

A abertura dessa investigação vem após o MP concluir e mandar pra Justiça a outra, sobre o vereador. O assunto gera muitas especulações e debates na cidade, como ontem, durante a sessão na Câmara, quando Jorge João de Moura reclamou do fato de cópia do acordo estar sendo distribuída aos eleitoresl.

Já o PT local divulgou, também ontem, nota condenando o comportamento do presidente da Câmara, lembrando que ele pediu afastamento da legenda.

Os promotores não foram localizados esta manhã para comentar a nova investigação. Freire está de férias e Bacarji Junior participava de um julgamento.