O enriquecimento do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), chamado no jargão dos peritos de ?evolução patrimonial?, será esquadrinhado pela Polícia Federal. Com todos os documentos em mãos, a PF fará, a partir de hoje, uma perícia nos documentos de defesa do presidente do Senado, que responde a processo por quebra de decoro no Conselho de Ética da Casa, sob a acusação de ter despesas pessoais pagas pelo lobista Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Júnior. O laudo deve ser concluído em 20 dias.
A PF fará uma detalhada análise da evolução do caixa de Renan, entre 2003 e 2007, quando ele alega ter faturado R$ 1,9 milhão em negócios agropecuários e praticamente dobrado sua fortuna. As declarações de renda dos últimos quatro anos do senador foram juntadas aos demais documentos a serem periciados - notas fiscais de venda de gado (com canhotos), recibos de pagamento, atestado de vacina do rebanho, livro-caixa das propriedades e guias de trânsito animal (GTAs).
Os últimos papéis que faltavam foram trazidos ontem de Alagoas por assessores do Conselho de Ética, após quase um mês de manobras protelatórias feitas por aliados de Renan para retardar o julgamento do processo. Farão a análise oito peritos do Instituto Nacional de Criminalística (INC). O laudo não tem finalidade criminal, explicou o chefe da Diretoria Técnico-Científica da PF, delegado Geraldo Bertolo. Se encontrar indício de crime, o Senado pode, no entanto, encaminhar os autos ao Ministério Público.
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