O PMDB pode definir hoje o futuro do deputado estadual Ari Artuzi (PDT) para efetivar a peemedebista Celina Jallad na Assembléia Legislativa, na condição de primeira-suplente, e abrir vaga ao segundo-suplente, Diogo Tita. O segundo suplente passaria a ocupar o espaço de Carlos Marun, que se licenciou logo depois de tomar posse para exercer o cargo de secretário estadual de Habitação.
O partido está, porém, dividido na decisão de propor abertura de processo de cassação de Artuzi por infidelidade. A pressão maior vem do suplente Diogo Tita. Se o partido não tomar nenhuma medida, ele pretende recorrer à Justiça Eleitoral para declarar a perda de mandato de Artuzi. Na manhã desta segunda-feira, a cúpula do partido se reúne no diretório regional para decidir se atende ou não ao pedido de Tita.
O presidente regional do PMDB, deputado federal Waldemir Moka, manifestou, em várias ocasiões, posição contrária à cassação do mandato de Artuzi. à por questão de coerência, porque o PMDB recebeu o deputado federal Geraldo Resende do PPS. Se Artuzi saiu do PMDB por infidelidade, Geraldo entrou no partido também por ser infiel ao PPS.
Artuzi deixou o PMDB após a chegada de Geraldo ao partido. Os dois passaram a travar batalha para ver quem teria a preferência na disputa da vaga de candidato a prefeito de Dourados. O governador André Puccinelli (PMDB) lavou as mãos: disse que vai apoiar quem estiver melhor nas pesquisas. Diante da insistência de Geraldo em ser candidato a prefeito, Artuzi não quis arriscar: deixou o PMDB e vai tentar viabilizar sua candidatura a prefeito pelo PDT. O preço da mudança foi alto: além de ser acusado de traição pelo governador, agora vê seu mandato ameaçado por conta da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que entendeu que o mandato é do partido e não do candidato.