Artuzi na entrevista / Cido Costa/Douradosagora
O prefeito Ari Artuzi disse que o envolvimento dele, para justificar a denúncia do Ministério Público Estadual quanto à chamada operação “Owari” foi ter pago algumas parcelas do aluguel do hospital Santa Rosa, onde funciona atualmente o Hospital da Mulher, transformado pela administração anterior. E ameaçou “derrubar muita gente grande”.
Ele disse ainda, na entrevista concedida aos jornalistas da rádio Grande FM, que sofre perseguição por parte da “Polícia estadual”, isentando a Polícia Federal do inquérito que vem sendo conduzido atualmente a partir de investigações do Gaeco, grupo especial da Secretaria estadual de Justiça e Segurança Pública.
“Esse povo do Gaeco é o povo do Estado. Alguém está mandando ele fazer isso comigo”, voltou a dizer o prefeito Ele invocou Deus para dizer que está tranqüilo, disse que “fizeram essa ação” porque está chegando a política e voltou a se comparar com o presidente Lula. “Veja o quanto o Lula foi perseguido, estão fazendo o mesmo comigo”.
Ari Artuzi disse que eles [novamente sem citar nomes] ”não tinham como chegar em mim e armaram tudo isso aí, envolvendo muita gente que não tem nada a ver com isso”. O prefeito disse que “nós somos um grupo novo e eles não aceitam”. E ainda fez uma defesa dos vereadores, especialmente o presidente da Câmara, Sidlei Alves, do DEM: “ele também está sendo perseguido”.
O prefeito Ari Artuzi disse que “mais pra frente” vai revelar os nomes das pessoas que querem prejudicá-lo. “As pessoas que estão fazendo isso vão cair do cavalo”, ameaçou, sem citar nomes de pessoas que poderiam estar tentando atrapalhar o mandato dele.
Em alguns momentos desse tema durante a entrevista, o prefeito revelou-se indignado. “Nunca fiz nada, não fiz licitação, não participei de porcaria nenhuma. Não teve investigação nenhuma contra mim. Deixa eu trabalhar pelo amor de Deus”, implorou Ari Artuzi, voltando a ameaçar: “Nós vamos derrubar gente grande. Ou eles [novamente não disse quem] param com isso, ou nós vamos derrubar todos”.