Desde as eleições municipais de 2004, 18 prefeitos já mudaram de legenda, em sua maioria para disputar as eleições do ano que vem por outro partido. O número equivale a 23% das 78 prefeituras sul-mato-grossenses.
O indício mais forte de que as preocupações são eleitorais é que apenas dois deles "migraram" nos anos precedentes - os prefeitos de Aquidauana, Felipe Orro (que trocou o PTB pelo PDT), e Tacuru, Cláudio Rocha Barcelos (que deixou o PV e foi para o então PL, hoje PR). Todos os demais fizeram o "troca-troca" em 2007. A temporada deve esfriar depois do dia 5 de outubro, já que é o prazo final de mudança para os pré-candidatos.
Esse número pode crescer, já que algumas filiações são aguardadas para durante a semana, como a do prefeito de Amambai, Sérgio Diozébio Barbosa, que pode trocar o PDT pelo PMDB. Diozébio disse ao Midiamax que deve decidir nesta segunda-feira, 1° de outubro.
Até o momento, a maior vítima das migrações foi o PTB que já perdeu seis prefeitos. Além do já citado Felipe Orro, perdeu para o PSDB os prefeitos de Figueirão, Ildo Furtado, e de Rio Brilhante, Donato Lopes. E para o PMDB os de Chapadão do Sul, Jocelito Krug; de Anastácio, Cláudio Valério, e de Taquarussu, Genivaldo Medeiros.
Por outro lado, os partidos que mais se beneficiaram com as mudanças foram o PMDB do governador André Puccinelli, que com as nove aquisições deste ano passa a comandar 22 prefeituras. O PSDB, que filiou somente em 2007 seis prefeitos passa a comandar 12 prefeituras.
A prática tem provocado rebuliço nos meios partidários em Mato Grosso do Sul e foi até apelidada de "arrastão". Sobrou acusação contra André Puccinelli até por medalhões do cenário nacional com o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, que esteve no Estado esta neste fim de semana. André "tem que parar com isso", acusou Jefferson, que disse ainda que André estaria cooptando prefeitos.
Também o ex-governador Zeca do PT tem aproveitado a ocasião para retomar espaços na mídia distribuindo acusações ao governador. Zeca tem enfatizado que no seu governo não cooptava e que partidos aliados com o PR e o PDT até cresceram sob sua gestão.
Até o momento, a única aquisição do PMDB que parecia irreversível mas não progrediu foi a do prefeito de Caarapó, Mateus Palma de Farias (PR). Foi necessária a interferência do presidente estadual do PR e deputado estadual Londres Machado para "convencê-lo" e ficar.
Aliás, o PR só fica atrás do PTB pelo título dos que mais perderam prefeitos. Foram quatro baixas desde 2004 - o de Guia Lopes da Laguna, Nelson Inácio Moreno, que foi para o DEM do vice-governador Murilo Zauith; de Naviraí, Zelmo de Brida, que se filiou ao PMDB; de Jateí, Eraldo Leite, que foi para o PSDB, e de Nova Andradina, Roberto Hashioka, que se filiou ontem (29) também ao PMDB. Leite e Hashioka já tinham decidido abandonar o PR nas eleições do ano passado.
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