O programa prosseguiu com os outros quatro participantes, que lamentaram o incidente e atribuíram a responsabilidade a ambos os candidatos.
Reprodução/Tv Cultura
Durante um debate na TV Cultura entre os candidatos à prefeitura de São Paulo, na noite de ontem, dia 15, o candidato José Luiz Datena (PSDB) agrediu Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeirada, após uma sequência de discussões acaloradas. Datena foi expulso do programa, enquanto Marçal deixou o debate. O programa prosseguiu com os outros quatro participantes, que lamentaram o incidente e atribuíram a responsabilidade a ambos os candidatos.
O candidato do PRTB mencionou uma denúncia de assédio sexual contra Datena, mas o jornalista esclareceu que o caso não foi confirmado pela polícia e foi arquivado pela Justiça. Datena afirmou que o episódio abalou sua família e resultou na morte de sua sogra.
Após a confusão, o mediador Leão Serva pediu que os participantes mantivessem a calma para concluir o debate, afirmando que a agressão foi um dos "eventos mais absurdos da história da TV brasileira".
O influenciador e autodenominado ex-coach, Pablo Marçal, demonstrou descontentamento com a continuação do debate sem sua presença e, em suas redes sociais, comparou o episódio aos atentados sofridos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2018 e por Donald Trump na atual disputa pela Presidência dos Estados Unidos. Marçal foi levado ao hospital para receber atendimento médico por estar "ferido, com suspeita de fraturas na região torácica e com muita dificuldade para respirar", segundo nota de sua assessoria.
Segundo a Folha de São Paulo, antes do debate, o prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) havia se tornado o principal alvo, com tentativas de isolar Marçal, que foi ora ignorado, ora criticado pelos rivais. Guilherme Boulos (PSOL), Tabata Amaral (PSB) e Marina Helena (Novo) utilizaram perguntas e respostas para desqualificar a gestão de Nunes, que tentou se defender.
O emedebista protagonizou confrontos verbais, especialmente com Boulos, seu principal oponente. No primeiro bloco, Datena se recusou a direcionar uma pergunta ao representante do PRTB, criticando a postura deste por "transformar o debate em um mero programa de internet dele".
O caso mencionado por Marçal ocorreu em 2019, quando Bruna Drews, então repórter do programa Brasil Urgente, apresentado por Datena na Band, acusou o jornalista de assédio. Após a repercussão, ela se retratou e protocolou uma declaração em cartório afirmando ter mentido, mas, posteriormente, afirmou nas redes sociais que foi induzida a se retratar.
O debate foi realizado sob regras mais rígidas, devido à pressão de adversários insatisfeitos com o descumprimento de acordos anteriores por parte de Marçal e a ausência de punições. As queixas referiam-se ao uso dos embates como palanque, desviando o foco da discussão de propostas. Durante a semana, o influenciador havia prometido manter um estilo incendiário e provocativo contra seus rivais, afirmando que o programa seria "a maior baixaria de todos os tempos".
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