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Política

Senadores e deputados federais lançam - Fora Renan

A temperatura da crise política não pára de crescer. Após a sessão da tarde desta terça-feira em que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi obrigado a passar pelo constrangimento de ver diversos colegas, inclusive petistas, pedindo seu afastamento da presidência da Casa, no fim da noite, 18 senadores e 48 deputados estiveram reunidos em um jantar na casa do deputado José Aníbal (PSDB-SP) e decidiram botar o bloco na rua a partir desta quarta-feira. O grupo, que lançou o lema "Fora Renan", vai recolher assinaturas pedindo a saída de Renan da presidência. Eles prometem ainda iniciar um processo de "obstrução total" nas duas Casas legislativas.


Senadores que participaram do jantar disseram que a situação é insustentável, com enorme desgaste para a instituição. O mesmo já se diz no Palácio do Planalto. Petistas como a líder do partido, Idelli Salvati (SC) e Aloizio Mercadante (SP), aumentaram a pressão sobre Renan e sugeriram, no plenário, que ele deixe a presidência da Casa. Renan, em dado momento, desceu da tribuna, de onde se defendia, e deixou Mercadante falando sozinho. O peemedebista chegou a bater boca com Demóstenes Torres (DEM-GO). O presidente do Senado, por sua vez, insistiu que não pretende se afastar e anunciou no plenário a abertura de uma sindicância para investigar a denúncia de que o ex-senador Francisco Escórcio (PMDB-MA), hoje seu assessor, teria tentado organizar um esquema de espionagem de senadores favoráveis à cassação de seu mandato. Renan anunciou ainda o afastamento temporário de Escórcio, que ficará fora de sua função até a conclusão da investigação.


Na quinta ação do gênero, os partidos de oposição entregaram à Mesa do Senado nesta terça-feira representação por quebra de decoro parlamentar contra o presidente do Senado. O motivo da quinta tentativa de cassar o mandato do senador alagoano é a denúncia contra Renan de tentar espionar dois senadores adversários. A Mesa definirá se remete a ação para análise do Conselho de Ética. PSDB e DEM argumentam na ação que, com a espionagem, Renan estaria incorrendo em abuso de poder na utilização de seu cargo de presidente do Senado.


Dirigindo-se aos colegas, Renan disse que jamais aprovaria qualquer tipo de "bisbilhotagem" da vida alheia e garantiu aos senadores que mais uma vez é vítima.


"Garanto aos senhores que nesse caso eu também sou vítima. Asseguro, não fiz, não farei nenhuma espécie de levantamento político sobre nenhum senador ou senadora. Bisbilhotar a vida alheia não é uma prática que eu aprove ou apóie", afirmou.


O senador disse que alguns setores da imprensa deixaram a isenção de lado para promover uma ofensiva típica de ação partidária, de forma infame e abjeta.


Em aparte, o senador Marconi Perillo (PSDB-GO), um dos senadores que seriam alvo do suposto esquema de espionagem, cobrou de Renan a demissão de Escórcio, afirmando que não há dúvida de que houve a reunião, em Goiânia, na qual teria sido discutida a estratégia de bisbilhotar os adversários do senador alagoano. Renan respondeu que estava fazendo o que lhe cabia e que Escórcio ficará afastado, até o fim da sindicância, para não pôr em risco a investigação.

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