Devido a taxa de ocupação dos leitos, a rede está trabalhando com uma demanda quatro vezes maior que a capacidade suportada pela estrutura do prédio
Hospital Regional em Campo Grande é a referência em MS para o atendimento a pacientes com o coronavírus / Edemir Rodrigues/Subsecom
O Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), referência no tratamento da Covid-19 no estado, está com a rede de oxigênio sobrecarregada devido a alta taxa de ocupação de leitos por pacientes com o novo coronavírus.
Conforme a diretoria do HRMS, a rede que distribui oxigênio por todo o prédio está trabalhando com uma demanda quatro vezes maior que suportada pela estrutura.
"A vaporizadora é o equipamento que converte o oxigênio liquido em gasoso, então ela dissipa frio e por esse motivo congela. A nossa utilização de oxigênio está muito alta, por isso ela tem congelado além do normal precisando ser necessário a realização do procedimento de descongelamento, afim de manter a pressão no prédio e o fornecimento de oxigênio", explica o gerente de equipamentos, Raphael do Nascimento.
Além do processo de descongelamento que precisa ser feito pelo menos três vezes por dia, é necessário também que exista um monitoramento da pressão do oxigênio, para checar se não há vazamentos.
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Segundo a diretora do HRMS, Rosana Leite, por ser da década de 90, o prédio possui uma tubulação fina não conseguindo levar pressão suficiente para todos os andares. "O oxigênio em quantidade nós temos, mas se for aumentar muito essa pressão pode acontecer um acidente, estourar um cano ou alguma coisa nesse sentido", explica.
Ocupação de leitos
No fim de 2020, já num momento critico da pandemia o hospital precisou aumentar a reserva de oxigênio com a instalação de mais um tanque, com isso uma reserva de 30 mil metros cúbicos de oxigênio, por exemplo, que daria para seis dias passou para 10, só que com essa mudança a estrutura do hospital chegou no limite.
A diretora explicou também que todos os Centros de Terapia Intensiva (CTI) adaptados para receber mais pacientes foram postos no térreo e no subsolo, evitando assim que a rede de oxigênio não tenha tanta pressão.
Mesmo com essas ampliações, o hospital não possui mais espaço e vem negando o recebimento de novos pacientes. Atualmente, são 120 vagas de leitos de Unidade de terapia intensiva (UTI) e 132 pessoas internadas com Covid-19, dessas 12 estão recebendo o atendimento em leitos improvisados.
De acordo com a Secretaria de Saúde do estado, Mato Grosso do Sul não possui mais estrutura física e nem profissionais de saúde para abrir novos leitos e, até o momento, MS atua com mais de 100% de ocupação de leitos de UTI.
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