Iniciativa, inédita em MS, implantada em parceria com o Canil da PM de Aquidauana promove acolhimento humanizado
Juiz de Direito da Comarca de Anastácio/MS fez convênio com a Polícia Miitar para utilização de cães adestrados / (Foto Divulgação)
Na tarde da última terça-feira, 3 de junho, o Fórum da Comarca de Anastácio foi palco da primeira ação do projeto “Patas que Acolhem”, iniciativa inédita em Mato Grosso do Sul que une o Poder Judiciário ao Canil da Polícia Militar de Aquidauana para oferecer apoio emocional a vítimas e testemunhas de crimes. Das 14h às 18h, seis crianças e adolescentes participaram do atendimento e interagiram com cão adestrado, especialmente treinado para atuar em ambientes de acolhimento e escuta qualificada.
Idealizado pelo juiz de direito Luciano Pedro Beladelli, o projeto visa humanizar os atendimentos judiciais envolvendo mulheres vítimas de violência doméstica, além de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, vítimas ou testemunhas de crimes como estupro de vulnerável e maus-tratos.
A iniciativa conta com o apoio da rede de proteção local e da equipe técnica do Judiciário, incluindo psicólogos e assistentes sociais.
“Foi emocionante presenciar a transformação no comportamento das crianças. O ambiente do fórum, que naturalmente pode gerar ansiedade e medo, tornou-se mais leve e acolhedor com a presença dos cães. Elas se sentiram mais seguras, o que favoreceu a escuta qualificada durante o depoimento especial”, destacou o juiz Luciano Pedro Beladelli.
Os dois cães do Canil da PM, já acostumados a atuar com crianças, adolescentes e pessoas com deficiência, permaneceram sob supervisão dos Policiais Militares condutores e interagiram com cada uma das crianças atendidas.
A ação seguiu protocolos rígidos de segurança, higiene e bem-estar animal, respeitando o planejamento prévio da equipe multidisciplinar.
Segundo o comandante do Canil, Tenente Coronel Nascimento, a parceria representa um avanço significativo no uso terapêutico e social da atividade policial com cães. “Estamos muito orgulhosos de poder contribuir com o Judiciário e com a sociedade de forma tão positiva. Os cães têm um poder incrível de criar vínculos e aliviar o sofrimento de quem está passando por momentos difíceis”, afirmou.
O projeto “Patas que Acolhem” tem como metas reduzir o estresse e o retraimento das vítimas durante procedimentos judiciais, fortalecer o acolhimento institucional e promover uma Justiça mais sensível e empática.
Além disso, busca integrar esforços entre as instituições públicas no enfrentamento à violência e na proteção dos direitos humanos.
A próxima etapa do projeto prevê novas agendas de atendimento, conforme a demanda e as avaliações das equipes técnicas.
A intenção, segundo os organizadores, é expandir a iniciativa futuramente para outras comarcas da região.
Para o juiz Luciano Pedro Beladelli, o sucesso do primeiro atendimento reforça o potencial transformador da proposta: “O Judiciário não pode ser apenas um espaço de julgamento. Deve ser também um lugar de cuidado, reconstrução e esperança. E os cães, com sua presença afetuosa, estão nos ajudando a construir essa nova realidade.”
Com informações do Poder Judiciário de Anastácio
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