Os preços pagos pelo acesso em banda larga no Brasil são centenas de vezes maiores que em outros países. A TelComp (Associação Brasileira de Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas) divulgou hoje (03/09) levantamento de preços de banda larga, tomando como base 1 megabit por segundo (Mbps) e comparando operadoras brasileiras e empresas que atuam em países da Europa, no Japão e nos Estados Unidos.
Para se ter uma idéia da diferença, o Mbps oferecido em Manaus é 395 vezes mais caro que a mesma velocidade disponibilizada no Japão. O Mbps comercializado pela Tiscali italiana, por exemplo, custa o equivalente a 4,32 reais ao mês. Na França, a Orange cobra 5,02 reais pela mesma velocidade e na Time Warner, nos Estados Unidos, o preço é o equivalente a 12,75 reais.
O Japão é, entre os países pesquisados, aquele que apresenta preço mais baixo. De acordo com a pesquisa, os internautas japoneses podem adquirir internet banda larga de 1Mbps do Yahoo! por 1,81 real. Os valores do levantamento foram pesquisados pela TelComp nos próprios sites das operadoras em 10 de julho de 2007.
No Brasil, a TelComp levantou os preços da Telefônica, NET, Brasil Telecom e Oi, em diferentes capitais. Em São Paulo, a NET cobra 39,95 reais por 1Mbps e, na Telefônica, a oferta da mesma velocidade custa 159,80 reais. Em Brasília, a Brasil Telecom oferece 1Mbps por 239,90 reais. Manaus registrou o valor mais alto pelo Mbps: 716,50 reais, segundo a associação.
O alto custo, segundo a entidade, é conseqüência da falta de concorrência na oferta de banda larga. Outro fator apontado pela pesquisa como determinante para os brasileiros pagarem uma das maiores taxas para a banda larga em todo mundo é a pouca competitividade no mercado.
Como resultado dos valores praticados pelas operadoras nacionais, apenas uma pequena parcela da população, 0,7%, possui acesso à internet de mais de 1Mbps. A União Internacional de Telecomunicações, estabelece banda larga como igual ou acima de 2Mbps.
Segundo a TelComp, a concorrência só será possível se houver uma significativa otimização da rede pública e diversificação do controle das plataformas para, assim, aumentar a quantidade de soluções disponíveis aos consumidores, o que teria efeito direto nos custos do Mbps.
O leilão de freqüências WiMax seria outra forma de ampliar a oferta de banda larga, dessa vez sem fio, em regiões hoje não atendidas. O processo, no entanto, completa amanhã um ano sem solução à vista.
No dia 4 de setembro de 2006, cerca de 100 empresas apresentaram propostas, mas o Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu o processo para apurar a fórmula de cálculo dos preços mínimos. O gráfico comparativo dos preços de banda larga levantado pela TelComp está disponível na web.
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