O celular Nexus One, do Google, que tem o seu modelo desbloqueado à venda por US$ 529, é produzido com componentes cujo custo atinge os US$ 174, de acordo com um relatório de pesquisa.
Mas os analistas afirmam que a grande disparidade entre o custo dos componentes e o preço de venda não significa necessariamente que a gigante da internet esteja realizando grandes lucros, já que o preço de varejo inclui despesas como taxas de licenciamento e custos de marketing.
"Não se pode basear um cálculo de margem apenas nos custos", disse Peter Misek, analista da Canaccord Adams, apontando que diversas despesas não são refletidas pelos chamados relatórios de desmonte, que envolvem dissecar um aparelho eletrônico e calcular o custo das diversas peças.
O Google começou na semana passada a vender o Nexus One, fabricado pela HTC, na primeira incursão da empresa na venda direta de produtos eletrônicos ao consumidor. O preço de varejo é de US$ 529, mas um comprador que adquira uma assinatura de dois anos com a T-Mobile USA, do grupo Deutsche Telekom, paga US$ 179, já que a operadora subsidia parte do preço.
De acordo com o relatório produzido pela iSuppli, o custo dos diversos componentes do Nexus One, entre os quais um processador Qualcomm Snapdragon de 1 GHz, de cerca de US$ 30; e uma tela sensível a toques da Synaptics, que custa aproximadamente US$ 17; atinge os US$ 174,16.
Em nota aos investidores na semana passada, James Mitchell, analista do Google, estimou que o custo de componentes do Nexus One era de US$ 300. O custo de materiais mencionado pela iSuppli não inclui outros custos como a fabricação, software e royalties. Todos precisam ser considerados para calcular a margem bruta de lucro de um produto.
Edward Snyder, analista da Charter Equity Research, disse que os fornecedores de celulares geralmente conseguem margens brutas de cerca de 30%. Ele afirma que o relatório da iSuppli sugere que o Google teria margem "decente" no produto, mas acrescentou que é impossível saber exatamente quanto.
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