A chegada do sinal digital aos televisores de São Paulo a partir do próximo dia 2 de dezembro traz muitas dúvidas aos consumidores. Mas antes de qualquer coisa, será necessário ter um conversor de TV digital (também chamado set-top box ou caixa conversora), o principal item da revolução tecnológica que está por vir.
O conversor é fundamental porque o que muda com a TV digital é a transmissão do sinal, e não apenas a qualidade da imagem. Cada elemento da tela passará a ser enviado em códigos binários (seqüências de 0 e 1), linguagem igual à dos computadores. Para que os televisores "entendam" o novo sinal será necessário um "tradutor", o tal conversor de TV digital.
Diversas empresas já lançaram seus modelos no mercado, que estarão à venda oficialmente a partir desta sexta-feira, 23. Mas já há como encontrar conversores em lojas de eletrônicos na Rua Santa Ifigênia, por exemplo, na capital paulista, por preços que variam de R$ 400 a R$ 1 mil.
Há diversos tipos de conversor, com funcionalidades diferentes. Para escolher o que mais se adapta ao seu perfil de telespectador, é preciso saber: 1) o que faz o conversor e 2) de que tipo é a sua televisão. Vamos às respostas, mas, antes, uma ressalva.
O conversor
Uma coisa é a exibição digital de televisores de plasma e LCD (já comuns no mercado brasileiro). Outra coisa é o sinal digital que o televisor recebe. Da mesma forma que as televisões de tubo analógicas (as antigas, tradicionais), os monitores digitais (LCD e plasma) também não estão habilitados a receber o sinal - e também precisam de conversor. Conversores têm três funções, de acordo com o Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital:
- Converter o sinal digital para recepção nos atuais televisores analógicos ou os de plasma e LCD. A partir de 2008, os monitores já terão o conversor embutido.
- Criar interatividade entre telespectador e programa.
- Gravar programas em um disco rÃgido chamado PVR (Personal VÃdeo Recorder), semelhante aos antigos videocassetes.
Nem todos os conversores têm as três funções habilitadas. Alguns apenas convertem o sinal, outros oferecem também interação e os demais criam recursos adicionais, como gravar programas. à preciso escolher o modelo de acordo com seu perfil: Quer interação? Quer apenas o sinal? Quer todas as funções? Quanto mais recursos, maior o preço (veja lista de produtos abaixo).
O televisor
A segunda questão a se levantar é o aparelho de televisão que se tem em casa/trabalho. à possÃvel que sejam: 1) analógicos (os televisores de tubo tradicional, com imagem analógica); 2) digitais (monitores em LCD ou plasma, que já exibem imagens digitais, mas não conseguem receber o sinal); e 3) integrados (televisores digitais já com o conversor embutido). Veja como proceder em cada caso:
TV NORMAL ANALÃGICA - Será necessário comprar um conversor de TV digital para decodificar o sinal e tornar possÃvel exibi-lo num televisor analógico. As imagens não serão digitais como as de plasma e LCD, mas o sinal digital impedirá a formação de sombras, ruÃdos e fantasmas, além de o som ser igual ao de CD.
TV NORMAL DIGITAL - Tem as mesmas necessidades da TV analógica, com a diferença de exibir as imagens em padrão digital, por LCD ou plasma. Será necessário comprar o conversor de sinal da mesma forma.
TV DIGITAL INTEGRADA - Como já vem com o conversor embutido, não é necessário comprá-lo. A maioria das TVs integradas são de plasma ou LCD e, por isso, dão excelência gráfica e de sinal. Basta conectar a antena ao televisor para já usar a TV digital.
Como instalar
Em todos os casos, é necessário que a casa/trabalho receba transmissão de sinal UHF (Ultra High Frequency). O cabo da antena deve ser ligado ao conversor de TV digital, e então o conversor ser ligado ao monitor de TV. à simples assim. Em caso de dúvidas ou problemas, contate o fabricante do conversor ou leia o manual de instruções.