O aquecido mercado brasileiro de computadores e a demanda de países vizinhos levaram a HP a contratar uma linha de produção terceirizada com a taiuanesa Foxconn, num investimento de 40 milhões de reais.
A nova linha de montagem na cidade de Jundiaí, São Paulo, terá capacidade de produção de 100 mil unidades mensais, ante a média atual de 65 mil produzida pela HP no Brasil, segundo dados da empresa.
Uma pesquisa da FGV mostra que em 2006 foram vendidos 7,4 milhões de computadores no país, com projeção de 16 por cento de crescimento este ano.
A nova fábrica vem como esforço da HP para ampliar sua produção frente ao aumento da demanda no Brasil e América Latina, afirmou o vice-presidente de PCs da empresa no Brasil, Juan Pablo Jimenez.
"O Brasil se tornou um campo fértil de negócios, e a demanda do país justifica nossos investimentos", afirmou o executivo em entrevista.
A linha de montagem apresentada hoje não é investimento direto da HP, mas resultado de uma encomenda à Foxconn, especializada na criação de linhas de montagem, numa parceria similar às existentes entre as duas empresas em outros países.
"Essa terceirização possibilita corte de custos, maior qualidade e velocidade na entrega de encomendas", afirmou o diretor de operações da HP no Brasil, Ricardo Pagani.
Segundo o porta-voz da Foxconn, a nova fábrica vem para atender a um pedido específico da HP, que deve ter exclusividade no curto prazo.
A nova unidade irá produzir apenas computadores de mesa e laptops. A produção no país de impressoras e portáteis, como PDAs, está a cargo da Flextronics, mas Pagani não descarta "uma possível futura centralização das produções com a Foxconn".
Mesmo após mostrar novos computadores de baixo custo, a HP reitera a estratégia de se concentrar na qualidade do portfólio.
"Pensamos que o consumidor irá preferir gastar um pouco mais em nossos computadores, que duram tecnologicamente mais do que um computador mais barato, que logo precisa ser trocado", pontuou Jimenez.
Segundo dados apresentados pela empresa, a HP cresceu 33 por cento no mercado brasileiro em 2006. Contudo, para 2007, a empresa preferiu não fazer projeções.
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