Está procurando um novo iPod? Vá para Hong Kong, ou, se o seu destino é a Europa, faça uma parada na Grécia. Lembre-se de ficar longe do Brasil se você não gosta de pagar caro.
Um dos maiores bancos australianos, o Commonwealth Bank, usou a mais recente versão do player de mídia da Apple --o fino Nano de quatro gigabytes-- como forma de comparar as moedas e o poder aquisitivo em 55 países.
Inspirada pelo índice Big Mac criado 20 anos atrás pela revista Economist, a pesquisa determina o preço do Nano de quatro gigas, recentemente lançado, em termos de dólares dos Estados Unidos, e constatou que os brasileiros são os consumidores que pagam mais caro pelo aparelho, desembolsando 369,61 dólares.
Isso os deixa bem acima da Bulgária, a segunda colocada, onde o aparelho custa 318,60 dólares. O Nano de quatro gigas foi lançado recentemente pela Apple ao mesmo preço de um modelo Nano anterior com menor capacidade de armazenagem.
"Mesmo na terra da tecnologia, onde as melhorias na qualidade dos produtos são constantes, o novo lançamento deve ser visto como ótimo negócio", disse Craig James, economista chefe do Commonwealth Bank para o mercado de capitais, à Reuters.
Hong Kong oferece o preço mais baixo para o Nano, 148,12 dólares, seguida pelos Estados Unidos com 149 dólares, Japão (154,21 dólares), Taiwan (165,82 dólares) e Cingapura (167,31 dólares).
A Austrália, onde o dólar local subiu à sua marca mais alta em 11 anos, saltou 11 posições, ficando em oitavo na lista. O Nano no país custa em média 175,42 dólares norte-americanos, mais barato que na Alemanha (211,62 dólares), França (225,82 dólares), Coréia do Sul (180,60 dólares) e até mesmo na China, onde o aparelho é fabricado.
Na zona do euro, os preços do Nano também diferem, e as lojas da Grécia oferecem o melhor negócio para os fãs do player de mídia digital.
As pesquisas de paridade de poder aquisitivo comparam os preços de bens nos diferentes países e, em seu nível mais simples, podem ajudar a demonstrar se uma moeda está desvalorizada em relação a outra.
James afirmou que os resultados ressaltam a queda do dólar norte-americano perante quase todas as outras moedas no mundo.
"Também sublinha os efeitos de tarifas e impostos nos países. Os brasileiros e argentinos estão indo ao exterior provavelmente para fazer suas compras", explicou.
"É claro pelas mudanças na linha do iPod que a deflação está viva e bem no mercado de tecnologia. É quase uma situação de êxtase para os consumidores."
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