A Sony anunciou que vai lançar em dezembro um televisor ultrafino com tela de três milímetros de espessura. O aparelho será a primeira TV do mundo baseada na tecnologia OLED (diodo orgânico emissor de luz) e seu lançamento é uma tentativa da companhia em lutar por um mercado de 82 bilhões de dólares até agora dominado pelos modelos com telas de cristal líquido (LCD) e plasma.
Os painéis OLED têm alta eficiência no consumo de energia e permitem a produção de televisores finos e leves. As imagens que oferecem são nítidas e um dos pontos fortes da tecnologia está na exibição de imagens em movimento rápido, o que a torna especialmente adaptada a eventos esportivos e filmes de ação. Mas o tamanho vem se provando uma limitação, até o momento.
Oferecer um produto inovador como forma de promover sua marca é importante para a Sony, cuja posição de liderança no mercado de players portáteis de música foi há muito perdida para o iPod, da Apple.
O grupo de eletrônica também vem enfrentando dificuldades no mercado de videogames, que dominou por uma década a partir da metade dos anos de 1990, com o console PlayStation 3 apresentando larga desvantagem de vendas em relação ao Nintendo Wii.
"Algumas pessoas afirmam que produtos inovadores surgem lentamente na Sony, apesar da força da tecnologia do grupo", disse Ryoji Chubachi, presidente da empresa, em entrevista coletiva em sua sede, em Tóquio.
"Eu desejo que o primeiro televisor OLED do mundo seja um símbolo da retomada da competência tecnológica da Sony. Quero que ele seja a bandeira sob a qual marcharemos para reverter a situação da companhia", afirmou.
A Sony, segunda maior fabricante de televisores com telas de cristal líquido (LCD), atrás apenas da Samsung Electronics, espera que o televisor OLED de 11 polegadas, com míseros 3 milímetros de espessura, seja vendido por 200 mil ienes (1,74 mil dólares), preço de varejo quase tão alto quanto o de alguns de seus modelos LCD de 40 polegadas.
Atualmente, produzir telas maiores é tecnologicamente difícil, o que limita o apelo de uma tecnologia de telas de próxima geração que, sob outros aspectos, parece muito promissora.
A Matsushita Electric Industrial está oferecendo TVs de plasma com telas de 103 polegadas, enquanto o terreno de batalha entre os fabricantes de aparelhos LCD está migrando das 30 para mais de 40 polegadas.
Uma tela de 11 polegadas é menor do que uma folha de papel comum usada em escritórios.
"Não penso que as TVs com telas OLED vão substituir as TVs LCD da noite para o dia. Mas eu acredito que este tipo de tecnologia tem um potencial muito alto", disse o vice-presidente-executivo da Sony, Katsumi Ihara, a jornalistas.
A nova TV OLED começará a ser vendida no Japão em 1o de dezembro, enquanto o lançamento no exterior ainda não tem data definida. O aparelho tem vida útil de cerca de 30 mil horas de uso, aproximadamente metade do tempo das TVs LCD da Sony. Mas as 30 mil horas são o bastante para um uso diário de 8 horas por 10 anos.
A produção mensal será de 2 mil unidades. Em comparação, a Sony planeja vender 10 milhões de unidades de TVs LCD no ano fiscal que se encerra em março.
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