Dos 260 selecionados pelo Ministério da Cultura (MinC) para participar da terceira edição do Mercado das Indústrias Criativas do Brasil (MICBR), que acontece no Hangar, em Belém (PA), entre os dias 8 a 12 de novembro, o Centro-Oeste vai enviar 44 empreendedores, sendo 22 do Distrito Federal, 13 de Goiás, cinco do Mato Grosso e quatro do Mato Grosso do Sul.
Dos 15 setores criativos que abrangem a programação do MICBR, a região será representada da seguinte forma: áreas técnicas (3), artesanato (4), audiovisual & animação (3), circo (3), dança (3), design (2), editorial (4), hip hop (4), jogos eletrônicos (2), moda (3), museus & patrimônio (3), música (5) e teatro (5).
Completando 40 anos de existência no Brasil em 2023, o Hip-Hop vai figurar, pela primeira vez, como um setor criativo do evento. A cena contribui para a diversificação da música e da cultura, amplia as fronteiras da criatividade e oferece uma plataforma para artistas talentosos. Nesse cenário, destaca-se Claudio Raffaello Serzedello Corrêa Santoro, conhecido como DJ Raffa Santoro. Ele é o único da capital do país que dará voz ao movimento.
“Estar no MICBR é o reconhecimento de toda uma vida (40 anos) dedicada ao Hip-Hop brasileiro, que é transversal e dialoga com outras formas de cultura. Precisamos desse espaço para mostrar nosso trabalho”, diz. Raffa é um dos responsáveis por colocar Brasília no mapa do Rap nacional. Além de produzir álbuns com grupos que se destacaram em todo o país, o trabalho pioneiro do DJ no DF resultou, desde o início dos anos 90, na consolidação de um mercado voltado para lojas de discos, de roupas especializadas, além de gravadoras, programas de rádio, grandes eventos de Rap e bailes.
Em solo paraense, o DJ pretende participar de uma série de atividades que abrangem negócios, formação e cultura. “Vou oferecer meu trabalho como palestrante e especialista em Produção Musical, Engenharia de Mixagem e Masterização no estilo Hip-Hop - principalmente para aqueles que buscam um resultado mais profissional”, garante.
Atualmente, Raffa está à frente do projeto Hip-Hop sem Fronteiras - resultado de um concurso virtual em busca de novos talentos - produzindo uma coletânea com dez ganhadores e que será distribuída mundialmente, por meio de todas as plataformas musicais. O artista também tem um estúdio de gravação, produz videoclipes e tem um ponto de cultura. “Será uma oportunidade única de intercâmbio”, diz o brasiliense que também vai em busca de parcerias para seu empreendimento e para os grupos de Rap que representa - o Baseado nas Ruas e o Atitude Feminina, voltado não só à música, mas também com trabalhos voluntários contra a violência à mulher.
Além do Distrito Federal (1), o Hip-Hop será representado pelos seguintes estados: São Paulo (3), Goiás (3), Ceará (2), Minas Gerais (2), Rio Grande do Sul (2), Bahia (2), Amazonas (1), Paraná (1), Pará (1), Espírito Santo (1), Maranhão (1) e Rio de Janeiro (1).
Representatividade
Dos 906 inscritos em todo o Brasil, o edital do MinC selecionou 260 participantes de 102 cidades do país. Desse total, 99 vagas foram preenchidas por participantes do interior dos estados, dos quais 78 são vendedores e 21 compradores, garantindo representatividade de todas as regiões do país, com 24 das 27 unidades federativas sendo contempladas (com exceção de Piauí, Roraima e Rondônia). A composição dos selecionados que declararam gêneros é composta por: 109 mulheres (42%), 101 homens (39%) e sete pessoas não binárias (3% LGBTQIA+).
O maior mercado público de indústria criativa do país contará com uma programação que inclui, além do Hip Hop (20%), outros 14 setores criativos, sendo eles: áreas técnicas (21%), artesanato (21%), audiovisual & animação (21%), circo (20%), dança (20%), design (20%), editorial (20%), jogos eletrônicos (15%), moda (20%), museus & patrimônio (20%), música (21%) e teatro (21%). Além disso, destacando a rica culinária da região norte, o evento apresentará uma Cozinha-Show com foco nos sabores e ingredientes locais.
Investimento
O Governo Federal investiu R$1,118 milhão no edital para levar 260 empreendedores culturais e criativos brasileiros ao evento. O apoio financeiro foi calculado por região brasileira para cobrir despesas de transporte (aéreo, terrestre e/ou fluvial), contratação de plano de seguro de viagem e diárias (hospedagem, alimentação e transporte local). Os participantes da região Norte receberão R$ 4.095,61, o estado do Pará R$ 3.267,61, a Metropolitana de Belém R$ 1.023,00, a região Nordeste R$ 4.755,61, a região Centro-Oeste R$ 4.107,61, a região Sudeste R$ 3.819,61 e a região Sul R$ 3.963,61.
Estreia
O MICBR 2023 marca sua primeira realização na Amazônia e representa uma importante política pública para o setor cultural, visando estimular o crescimento dos setores criativos, a circulação de bens e serviços culturais, a internacionalização da produção cultural brasileira e o profissionalismo dos agentes culturais do país. Esta edição traz algumas novidades, como a realização de rodadas separadas para cada setor das artes cênicas (circo, dança e teatro), a inclusão de um setor dedicado às áreas técnicas nas atividades de negócios e formação e a Argentina como país convidado de honra.
Realização
O MICBR é uma realização do MinC e OEI e conta com o patrocínio master da Vale e do Instituto Cultural Vale. Também apoiam a iniciativa o Sebrae, o YouTube, a Caixa Econômica Federal (CEF) e o Banco da Amazônia (BASA). A programação das palestras e oficinas é apresentada pela Vale e Instituto Cultural Vale, com apoio do British Council. A Apex-Brasil é parceira nas rodadas de negócios e atividades de formação de redes.
O Mercado das Indústrias Criativas é realizado, ainda, com apoio do Governo do Estado do Pará, por meio das Secretarias de Cultura e Turismo, e pela Prefeitura de Belém, por meio da Fundação Cultural de Belém e da Companhia de Desenvolvimento da Região Metropolitana.
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