Os brasileiros que foram passar as férias de julho no exterior gastaram muito mais do que nas viagens do ano passado. A despesa desses turistas somou US$ 813 milhões no mês passado, um crescimento de 51,1% sobre o mesmo mês de 2006. Um dos fatores que justifica essa elevação dessa despesa é a valorização do real frente ao dólar, que favorece o crescimento das viagens internacionais.
Já os turistas estrangeiros que vieram ao Brasil a turismo ou a negócios deixaram aqui US$ 398 milhões em julho, valor 22,08% superior ao apresentado em julho do ano passado. Com isso, a conta de viagens registrou um saldo negativo de US$ 415 milhões, contra US$ 212 milhões no mesmo mês de 2006, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Banco Central.
No ano, os gastos dos brasileiros chegam a US$ 4,308 bilhões, uma elevação de 34,5% em relação aos sete primeiros meses do ano passado.
Essa contabilização considera os gastos feitos em outros países com moeda estrangeira ou cartão de crédito internacional, ou seja, inclui também as compras feitas por brasileiros em sites de comércio eletrônico estabelecidos no exterior. No entanto, não há a segregação desse tipo de despesa.
Já os estrangeiros que passaram pelo Brasil gastaram por aqui US$ 2,834 bilhões, contra US$ 2,522 bilhões entre janeiro e julho de 2006, um aumento de 12,37%.
A diferença entre os gastos dos brasileiros no exterior e as receitas trazidas por turistas estrangeiros gerou um déficit de US$ 1,475 bilhão no acumulado do ano. A previsão para o ano é que a conta de viagens fique deficitária em US$ 1,8 bilhão, contra o saldo negativo de US$ 1,448 bilhão em 2006.
O gasto com passagens entra na conta de transportes, que está negativa em US$ 2,171 bilhões no ano --déficit de US$ 366 milhões em junho. Nessa conta, além do gasto com passagens aéreas, também é contabilizado o frete pago pelas empresas para exportar ou importar produtos.
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