Garota holandesa morre em passeio de cavalo no CE

Uma menina holandesa de sete anos morreu após ser arrastada pelo cavalo no qual passeava, na tarde desta quarta-feira, na praia do Cumbuco, em Caucaia (região metropolitana de Fortaleza).

Com os pais e irmãos, Lauren Eenhoorn passava férias na praia havia uma semana. De acordo com a polícia, os pais dela, por indicação da pousada onde estavam hospedados, a Vela Azul, fretaram cavalos por quatro dias para passeios pela praia.

Testemunhas disseram à polícia que o animal em que a menina passeava havia sido comprado há pouco tempo e não parecia muito dócil. Por causa disso, o dono dos animais, conhecido apenas como Vanduir, deverá ser indiciado por homicídio culposo (quando não há intenção de matar).

Passeio
A menina passeava ao lado de uma irmã, que estava em outro cavalo. Quando um dos guias disse que ia buscar uma égua mais mansa para que ela montasse, o cavalo partiu em disparada, sem que ninguém conseguisse segurá-lo.

A menina caiu e ficou com um dos pés preso no estribo. O cavalo a arrastou por cerca de 500 metros, até ser contido. No caminho, a menina passou por pedras e foi pisoteada pelo animal.

O dono dos cavalos fugiu sem socorrê-la e, até o final da tarde de hoje, continuava foragido. A menina ainda chegou com vida ao hospital IJF (Instituto José Frota), onde foi para a UTI pediátrica, mas morreu com traumatismo crânio-encefálico e muitos ferimentos, segundo a assessoria de imprensa do hospital.

O aluguel de cavalos e jumentos na praia do Cumbuco para passeios turísticos na orla é muito comum. Para oferecer o serviço, é necessária uma licença da prefeitura, mas a atividade não é fiscalizada de perto, como admitem os próprios policiais do local. Segundo a delegacia, nunca havia acontecido um acidente como esse.

Na delegacia do Cumbuco, ainda não havia informações ontem se o dono do cavalo que causou a morte da holandesa tinha permissão para oferecer o serviço.

Apenas hoje a família da menina deverá ser ouvida. Enquanto isso, policiais preparam campanas para tentar prender o responsável pelo animal.

A reportagem ligou para a pousada Vela Azul. A pessoa que atendeu o telefone não quis se identificar e disse que não era de hotel nenhum. Numa segunda tentativa, ninguém atendeu.