Apesar da queda de 6,3% no número de estrangeiros no Brasil, os gastos deste segmento de turistas no ano passado aumentaram 11,77%. O Banco Central contabilizou US$4,316 bilhões recebidos com a atividade contra os US$3,861 bilhões registrados em 2005, que até então era a melhor marca da série histórica.
Segundo Jeanine Pires, presidente da Embratur, o desempenho adquirido se justifica pela qualidade das pessoas que visitam o Brasil. "É um turista que apresenta gasto mais elevado, permanece mais tempo no país e conhece mais destinos na mesma viagem", explica.
"A captação de eventos favorece a substituição do turista que consome pouco e tem breve permanência. Se fosse um filme, os Convetions & Visitors Bureaux (C&VBx) seriam os atores coadjuvantes, mas com direito ao Oscar", compara João Luiz Moreira, presidente da Federação Brasileira de Convention & Visitors Bureaux.
Em 2006, os europeus foram pelo terceiro ano consecutivo os turistas que mais visitaram o país. Pelo fato de o Nordeste estar se consolidando como a principal entrada de europeus no Brasil, sendo que um vôo para a região tem duração relativamente curta se comparada com uma viagem de longa distância. Partindo de Lisboa, em Portugal, a viagem é em torno de sete horas.
Um dos fatores que influenciou a queda dos turistas foi a saída da companhia aérea Varig, diminuindo significamente a vinda de estrangeiros, pois a maioria ingressava no país por vôos da companhia, segundo José Francisco de Salles Lopes, diretor de Estudos e Pesquisas da Embratur.
"A Varig deixou de ofertar 1,2 milhão de assentos em vôos internacionais. Até o final de 2006, foram criados apenas 722 mil novos lugares pelas demais companhias aéreas. Ou seja, houve uma perda líquida de 480 mil assentos. Se considerarmos que a cada quatro estrangeiros que vinham ao Brasil, três eram por via aérea, isso se refletiu nos números", completa.
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