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Turismo

Guia dá dicas de educação a turistas chineses no exterior

O Ministério de Relações Exteriores da China publicou, no seu site oficial, a edição de 2007 do Guia de Assistência e Proteção Consular para Chineses, em que apresenta dicas de educação para os cidadãos do país no exterior.


Além de conter lembretes normais como "certifique-se de que seu passaporte e seu visto são válidos", "contrate um seguro de saúde" ou "tome as vacinas necessárias", no guia aparecem recomendações mais peculiares como a de que, "se seus direitos forem infringidos, utilize os meios corretos para resolver o problema e não tente praticar subornos, porque são ilegais".


Ou ainda "se estiver em local público, comporte-se com calma e não fale alto" e "mantenha-se em alerta em relação aos estranhos em locais com multidão".


Utilizando o recurso da metáfora, o guia também se refere o velho ditado "em Roma, faça como os romanos" e sugere que, "como os romanos, adapte-se à vida local e integre-se".


Os turistas chineses têm fama de serem grosseiros, segundo uma pesquisa feita em internet, no ano passado, com mais de 30 milhões de cidadãos do mundo inteiro.


Muitos dos viajantes que saem da China mantêm hábitos pouco apreciados como arrotar ou escarrar no meio da rua, jogar lixo no chão, fumar onde não é permitido, falar alto demais, não dar a descarga nos banheiros públicos ou desobedecer a filas.


Cientes do problema, as autoridades chinesas já vêm trabalhando numa campanha interna que pretende educar a população - dentro e fora do país.


Em setembro de 2006, a Administração Nacional de Turismo da China implementou iniciativas que pretendem melhorar a imagem da nação e tomar medidas contra os maus hábitos que, segundo uma circular oficial, estariam "afetando a imagem internacional da China".


Além da publicação do guia na internet, no passado foram distribuídos materiais informativos com conselhos como "não cuspa em público", "não tire fotos de locais onde há cartazes dizendo 'proibido tirar fotos'", "não assoe o nariz com os lençóis do hotel", "use roupas apropriadas", "não use pijamas no supermercado", "não force os estrangeiros a posar para fotos".


Nesta semana, o governo chinês também aprovou seis novos destinos turísticos para seus cidadãos.


Além dos 132 países e regiões autorizados anteriormente, os chineses agora também podem viajar para Omã, Marrocos, Mônaco, Síria, Namíbia e Bulgária.


Só em 2006, mais de 34 milhões de chineses viajaram para o exterior e gastaram um total de US$ 24 bilhões, segundo a Administração Nacional de Turismo da China (CNTA).


Enquanto aumentam seu poder aquisitivo e têm mais contato com estrangeiros, os chineses mostram estar cada vez mais dispostos a investir em viagens internacionais.


A previsão é de que, até 2020, mais de 100 milhões deles tenham cruzado as fronteiras como turistas. Com isso, a China será o principal país de origem dos turistas do mundo - à frente da Alemanha, que atualmente envia 87 milhões de pessoas por ano a outros países.

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