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Turismo

Lhasa, a capital do Tibete, é hoje uma cidade -chinesa-

Dos cerca de 300 mil habitantes de Lhasa, a capital da região autônoma do Tibete, menos de um quarto são tibetanos. A grande maioria da população é de origem chinesa. A cidade cresce em ritmo acelerado.


Há novas construções por toda a parte, e as fachadas e a organização urbana fariam qualquer um confundi-la com qualquer outra metrópole chinesa, não fosse pelo bairro do Barkor, onde moram as minorias tibetanas e os poucos muçulmanos.


Os chineses também ocupam praticamente todos os cargos públicos e os empregos mais importantes, como professores, bancários e policiais. Aos tibetanos, sobram as ocupações no pequeno comércio, empregos de motoristas de táxis e de guias de turismo.


O turismo pela capital, e em toda a região, começou nos anos 80, mas tem crescido ano a ano. O diretor do Escritório de Turismo do Tibete, Liao Lisheng, estima que o faturamento do setor tenha crescido 30% somente no último ano. Os turistas que chegam diariamente ao aeroporto de Lhasa somados aos que desembarcam pela recém-construída ferrovia que liga a capital tibetana a Pequim passaram de 1.000, no ano passado, para 4.000 este ano.


Segundo o site do governo chinês relacionado ao turismo no Tibete, a região recebeu 2,5 milhões de turistas no ano passado, dos quais apenas 154.800 eram estrangeiros. Neste ano, 3 milhões são esperados até que a temporada termine na primeira semana de outubro. E, para 2010, espera-se registrar 10 milhões de visitantes, uma taxa de crescimento do volume de turismo superior à de qualquer outra da China.


Nem por isso visitar a herança tibetana na cidade é tarefa fácil. "Para conhecer o interior do palácio de Potala [antiga residência dos Dalai Lamas e uma das maiores atrações de Lhasa], é preciso ter conexões", diz a turista australiana Angela Butler. Para comprar por US$ 14 o ingresso na bilheteria, o visitante deve enfrentar uma fila que se estende por 150 metros, onde turistas se aglomeram durante a madrugada para conseguir um ingresso para o dia seguinte.


Durante a alta temporada, agentes de turismo contratam gente para pernoitar na fila e conseguir ingressos, que depois serão vendidos pelo dobro do preço a quem estiver disposto a pagar.


Butler enfrentou sete horas e meia de fila, a partir das 4h da manhã, para conseguir, às 11h30, uma visita agendada para 16h20 do dia seguinte. Decepcionou-se com o que viu. "Os turistas podem ficar no máximo uma hora no palácio, e não é permitido tirar fotos. Um guia oficial do governo acompanha os turistas por apenas 4 dos 20 pisos do edifício e tudo é visto às pressas."


Seguranças na entrada do Potala informam que a limitação é necessária para acomodar o número de turistas interessados em visitar o palácio.

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