O ministro da Defesa, Nelson Jobim, anunciou na terça-feira (4) um pacote de medidas para desafogar os aeroportos e evitar o caos aéreo no perÃodo dos feriados de final de ano e das férias. Além dos projetos anunciados, ainda estão em estudo outras propostas para aliviar a crise no setor aéreo, que vão da perda da concessão de linhas para empresas que façam cancelamentos sistemáticos até a mudança do local de estacionamento do avião presidencial em Congonhas.
Segundo o ministro Nelson Jobim (Defesa), o presidente concordou que sua aeronave não deve ocupar um espaço no pátio que "impeça a circulação", o que representaria um "problema grave". Além disso, a pista de táxi deve ser ampliada para aumentar a segurança.
Ainda com relação a Congonhas, Jobim afirmou que estão mantidas as mudanças já anunciadas, como a redução de 33 para 30 operações/hora, e a programação de vôos até no máximo as 22h30 para cumprir o fechamento rigoroso às 23h.
Com relação aos cancelamentos "excessivos", problema que levou o ministério a suspeitar que companhias pratiquem "gaveta" de concessões para impedir a concorrência, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) colocará em consulta pública uma regra mais rigorosa.
Segundo o diretor Marcelo dos Guaranys, trechos com mais de 10% de cancelamentos por mês perderão a autorização de exploração da linha. Hoje, a regra é de 25% de cancelamentos em três meses.
A Secretaria de Aviação Civil também pretende criar um telefone 0800 para queixas de passageiros, que automaticamente viram processos na Anac. Porém, não há previsão de novas contratações, e a agência já está sobrecarregada.
O governo já identificou cinco locais que poderiam acomodar um novo aeroporto na região de São Paulo, e técnicos já estão preparando projetos.