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Meio Ambiente

Estiagem afeta rios em Aquidauana que esperam por chuva

Nesta sexta-feira (13), a altura do rio alcança 1,50 metro

Em dias de cheia, água atingia a ponte do Rio Miranda / Ronald Regis/ O Pantaneiro

Seguindo o período crítico em todo o Brasil, a região de Aquidauana enfrenta uma crise hídrica grave, com os rios em níveis críticos devido à estiagem prolongada. Mario Ravaglia, coordenador da Defesa Civil de Aquidauana, forneceu um panorama detalhado da situação em entrevista ao O Pantaneiro.

Nesta sexta-feira (13), o nível do rio Aquidauana está em 1,50 metros, de acordo com medições por satélite, tornando-o completamente intransitável. “A situação é alarmante. Barcos de turismo estão parados, e a navegação é impossível. O mesmo acontece com o rio Paraguai em Corumbá, onde há locais onde as pessoas estão até andando de bicicleta sobre o leito seco”, afirmou Ravaglia.

A seca está afetando todo o Brasil, e o Pantanal, uma das regiões mais ricas em biodiversidade do país, está experimentando mudanças significativas que podem ser irreversíveis. Ravaglia destacou o impacto devastador na fauna e flora locais: “Animais estão morrendo devido aos incêndios, e a vegetação está severamente prejudicada.”

A Lagoa Comprida, também localizada em Aquidauana, não escapa dos efeitos da seca. “A falta de chuvas está prejudicando gravemente as bacias hídricas. As condições extremas incluem baixa umidade do ar e altas temperaturas, o que agrava ainda mais o problema”, explicou a coordenadora.

Parque da Lagoa Cumprida em Aquidauana - Ronald Regis/O Pantaneiro

Apesar da expectativa de chuvas no Estado para o fim de semana, a previsão é de que esses eventos não serão suficientes para mitigar a seca. “A umidade relativa do ar tem estado abaixo de 10% nos últimos dias. O volume de chuva previsto é insuficiente para resolver a crise da seca”, afirmou.

Ele enfatizou que é crucial não apenas para Aquidauana, mas para toda a região, que se obtenha um volume significativo de chuvas. “Sem isso, a situação continuará crítica.”

A Defesa Civil segue monitorando a situação e trabalhando para mitigar os impactos da seca, enquanto a população aguarda alívio das condições extremas.

Assista à reportagem:

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