Arquivo pessoal
Hoje (20) é o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, data para relembrar a luta dos negros contra a opressão racial no Brasil. O Pantaneiro conversou com a doutora em geografia da UFMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) em Aquidauana Ana Paula Batarce que, juntamente com o professor Fábio Faria - do Instituto Federal, desenvolvem o projeto de extensão e mostra audiovisual “Negritude em Debate”.
Segundo compartilha a professora, como observadora e pessoa negra, ela acredita que a temática étnico-racial é tratada de forma muito superficial nos cursos de licenciatura nas universidades. Essa superficialidade chega ainda mais rasa nas escolas de ensino básico, que acabam aplicando de forma falha a Lei 10.639 de 2003.
Para quem não conhece, essa Lei tornou obrigatório o ensino sobre a história e cultura afro-brasileira nas escolas públicas brasileiras. “Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministradas no âmbito de todo o currículo escola”, está na Constituição.
“O projeto ‘Negritude em Debate’ tem como objetivo proporcionar e trazer histórias da cultura afro-brasileira às Universidades, para que essa temática seja trabalhada nas escolas, conforme a Leia. Elaboramos, então, dois materiais audiovisuais: a mostra fotográfica e um documentário, produzidos na Comunidade São Benedito da Tia Eva de Campo Grande e na Furna dos Baianos em Aquidauana”, explica Ana Paula.
Hoje, a professora Ana Paula estará falando sobre o seu trabalho nas comunidades em uma palestra on-line, a partir das 18h30, com acesso disponível neste link. Os materiais fotográficos também estarão sendo disponibilizados no Instagram @negritudeemdebatems e os participantes terão acesso ao teaser do documentário, que é exclusivo para o uso em sala de aula.
Comunidade Furna dos Baianos
Localizada entre os distritos aquidauanenses de Camisão e Piraputanga, a comunidade quilambola Furna dos Baianos foi criada em 1952, quando um grupo de dez famílias baianas compraram as terras, ali estabeleceram residência e vivem até hoje.
Cercados de belezas naturais e banhados pelo Córrego das Antas, os moradores da comunidade denunciam a sujeira deixada no local de uns tempos para cá, gerando muitos transtornos com a degradação dos munícipes.
“O córrego é excelente para se banhar, está localizado em meio às chácaras, ou seja, em propriedade particular, mas possui fácil acesso. Os moradores compartilharam conosco, durante o trabalho, que estão sofrendo muito com a arruaça feita por quem vai ao local. Então eles colocaram placas proibindo a entrada e tentar evitar a degradação do local”, conclui a pesquisadora.
Infraestrutura
Seilog está autorizada a dar início ao processo licitatório da obra, que já está em andamento na pasta
Economia
O setor de Serviços continua liderando com 647 novos registros de empresas em novembro
Voltar ao topo