X
Fogo

MP investiga queima científica da UFMS por incêndio no Pantanal

Um incêndio florestal no Pantanal, investigado pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), foi causado pela perda de controle de uma queima científica conduzida por pesquisadores da Universidade

(Iberê Périssé / Projeto Solos)

No Pantanal, um dos 12 incêndios florestais sob investigação pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) teve início quando pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) perderam o controle das chamas durante uma queima científica. De acordo com informações obtidas pelo site G1, os estudantes da universidade conduziam a pesquisa com o objetivo específico de estudar a dinâmica do fogo no bioma.

Um incêndio florestal no Pantanal, investigado pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), foi causado pela perda de controle de uma queima científica conduzida por pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). O incidente ocorreu em 10 de maio na fazenda Campo Enepê, em Corumbá (MS), durante um estudo do Núcleo de Estudo do Fogo em Áreas Úmidas (NEFAU) para entender a dinâmica do fogo no bioma. Segundo o relatório do NEFAU, o fogo apresentou um "comportamento mais dinâmico" e saiu do controle, queimando cerca de 170 hectares.

Durante a queima, equipes do Corpo de Bombeiros e do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) estavam presentes. Apesar dos esforços iniciais, as chamas só foram contidas três dias depois. O NEFAU relatou que, após o incêndio sair do controle, foram solicitados reforços, incluindo aeronaves para lançar água nas áreas inacessíveis. O Ministério Público classificou o incidente como uma "fatalidade" e não atribuiu culpa à UFMS.

A fazenda Campo Enepê cedeu 1 hectare para a pesquisa do NEFAU, que já havia realizado outras oito queimas científicas na propriedade sem problemas. Todas as precauções foram tomadas, mas o evento fugiu do controle, levando a reforços e monitoramento adicionais. O NEFAU informou que, após a extinção inicial do fogo em 13 de maio, ele reacendeu em 31 de maio, provavelmente devido a materiais incandescentes no solo ou em árvores.

O fogo reacendido foi novamente combatido por bombeiros até sua extinção definitiva em 5 de junho. No entanto, a fazenda Campo Enepê foi severamente afetada, com 85% de sua área consumida pelas chamas ao longo do ano. O proprietário, Bruno de Albres, relatou prejuízos significativos, incluindo a destruição de cercas e a perda de capim para o gado, estimando um custo de cerca de 200 mil reais para recuperação.

Além dos danos financeiros, o incêndio contribuiu para a devastação ambiental no Pantanal, que já teve mais de 720 mil hectares destruídos. Essa perda representa uma área seis vezes maior que a cidade do Rio de Janeiro, com graves consequências para a fauna e a flora da região.

Deixe a sua opinião

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Polícia

Suspeito de extorsão e roubo ligados à agiotagem é preso em Campo Grande

Caso segue sendo investigado para identificar outros envolvidos

Serviços

Receita abre novo programa de transação para regularização de dívidas tributárias

Duas propostas da Receita Federal tratam de facilidades para ajudar pequenos devedores

Voltar ao topo

Logo O Pantaneiro Rodapé

Rua XV de Agosto, 339 - Bairro Alto - Aquidauana/MS

©2025 O Pantaneiro. Todos os Direitos Reservados.

Layout

Software

2
Entre em nosso grupo